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Comemorar Abril, recordar a acção militar que derrubou a ditadura do governo de Marcelo Caetano que pôs fim a um período muito complexo das relações entre o Estado Novo e as Forças Armadas, cujo início se situa na eclosão da luta armada nas Províncias Ultramarinas.
Acção que foi desencadeada por duas senhas: a primeira transmitida às 22:55 H pelos Emissores Associados de Lisboa quando o locutor, conforme combinado com o Movimento MFA, anunciou: «Faltam cinco minutos para as vinte e três horas» e pôs no ar a canção E depois do adeus, cantada por Paulo de Carvalho, e pelas 00:25 H, a Rádio Renascença transmitia a canção da autoria de Zeca Afonso, Grândola, Vila Morena, dava-se assim ao inicio à “revolução dos cravos”e a queda da ditadura.
A data de 25 de Abril de 1974 constitui uma marca e são operadas a partir daí mudanças na sociedade portuguesa, a própria Constituição aprovada a 2 de Abril de 1976, não deixou de consagrar a continuidade de muitas transformações e de impulsionar outras. Pelo que a “Revolução de Abril”e o século XX e divide a sociedade em “antes e “depois”.
LIBERDADE
Ser livre é querer ir e ter um rumo
e ir sem medo,
mesmo que sejam vãos os passos.
É pensar e logo
transformar o fumo
do pensamento em braços.
É não ter pão nem vinho,
só ver portas fechadas e pessoas hostis
e arrancar teimosamente do caminho
sonhos de sol
com fúrias de raiz.
É estar atado, amordaçado, em sangue, exausto
e, mesmo assim,
só de pensar gritar
gritar
e só de pensar ir
ir e chegar ao fim.
Armindo Rodrigues